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  • Longevidade: como se preparar para uma terceira idade tranquila?

    Especialistas comentam os desafios do aumento da expectativa de vida e a importância de se planejar financeiramente para essa etapa

    Quando o assunto é pensar no futuro e na terceira idade que se deseja, alguns podem querer acumular bens, parar de trabalhar, viajar, aproveitar o tempo com a família. Mas você está se planeando para alcançar a sonhada tranquilidade financeira e estabilidade? Nunca é tarde para começar, mas saiba que quanto antes, melhor.

    Na live promovida pela Taler Gestão de Patrimônio, os participantes destacam que mesmo a morte sendo uma certeza da vida, o assunto por vezes é evitado, quando deveria ser discutido com naturalidade. Rodrigo Sgavioli, Head de Planejamento Patrimonial da Taler, conversou com Ana Leoni, fundadora do Dinheiro com Atitude, e com Daniel Azevedo, médico geriatra.

     

    Avanço da expectativa de vida

    Em 1945, o brasileiro vivia em média 45,5 anos. Hoje, a estimativa do IBGE é que a população chegue em média aos 76,7 anos, o que significa que a expectativa de vida no Brasil está avançando em ritmo acelerado.

    O doutor Daniel Azevedo cita dois principais fatores que favorecem para esse cenário em todo o mundo: as melhorias em saneamento básico e o advento das vacinas. Além disso, as evoluções da medicina também representam um passo importante.

    A projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) é que em 2050 o mundo tenha 16% das pessoas com mais de 65 anos. No Brasil, essa parcela da população deverá ser de 23%. Atrás apenas do Japão (38%), da China (25%) e da Europa (28%).

     

    O que é terceira idade?

    Segundo Daniel Azevedo, a classificação de terceira idade é muito mais do que um marco etário. “A velhice é uma construção social. Não dá para generalizar, pois é algo muito heterogêneo”, explica. No Brasil, as pessoas idosas são aquelas classificadas acima de 60 anos. Na Itália, por exemplo, o conceito é aplicado para pessoas com mais de 75 anos.

    “As formas como a pessoa vai envelhecer acabam norteadas pela autonomia (capacidade de tomar decisões) e pela funcionalidade (se consegue fazer as coisas sozinhas)”, define o médico.

     

    Vida longa e os seus desafios

    Se as pessoas estão vivendo mais, isso também significa que o período que teremos para usufruir do que foi conquistado ao longo da vida será maior. Por isso, a importância da construção de patrimônio.

    “O trabalho é mais do que uma fonte de renda, é uma forma de nos inserirmos na sociedade, nos mantermos produtivo, contribuindo para o capital intelectual. Porém, nós como sociedade não estamos preparados para acolher essa população que está chegando de forma acelerada”, alerta Ana Leoni.

    A fundadora do Dinheiro com Atitude aponta desafios, por exemplo, no que diz respeito à participação dos idosos no mercado de trabalho, e como as empresas estão efetivamente preparadas para absorver esses trabalhadores.

     

    Tranquilidade financeira para longevidade

    Quando o assunto é finanças, poucas pessoas conseguem viver bem com os recursos que acumularam ao longo da vida. Falar sobre longevidade e como se preparar para essa etapa é uma necessidade, segundo os especialistas. “A gente precisa trazer essa realidade para o presente, precisa adotar uma abordagem que sensibilize mais e que traga um senso de urgência”, diz Ana Leoni.

    No momento em deixamos de gerar renda e o objetivo é desfrutar dos recursos que poupamos, é preciso rever prioridades, o estilo de vida que se deseja, os gastos destinados a plano de saúde e eventuais cuidados, por exemplo. “Viver com o que é suficiente para você”, aconselha Ana Leoni. Para evitar surpresas no caminho, a lição que fica é a de que planejamento é fundamental.

     

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  • Carta Mensal – Junho 2021

    O Brasil e a Filosofia dos Copos

    “O tempo é um ponto de vista”

    Mário Quintana

    O ano de 2021 está sendo para lá de emocionante. No mercado local, enfrentamos um primeiro trimestre recheado de desafios: aceleração da inflação, piora da pandemia e um ambiente político ainda mais tumultuado do que o normal. Repentinamente, tivemos uma avalanche de notícias negativas, sucessivas quedas nas projeções de crescimento, os juros futuros passaram a precificar uma alta ainda mais rápida da Selic e o dólar chegou a bater R$ 5,84. Curiosamente, dois meses após esse circo que parecia pegar fogo de forma ininterrupta, os ativos locais engataram uma sequência positiva, com a bolsa brasileira renovando a máxima histórica e o real zerando suas perdas contra o dólar no ano. A bipolaridade do noticiário financeiro as vezes é caricata: em pouco mais de sessenta dias o Brasil à la Venezuela virou o “Brasil-Suíça”. A guerra entre os fundamentos e preços, natural do mercado no curto prazo, e a noção humana de continuidade são fatores que acabam contribuindo para visões que enxergam o mesmo copo sempre mais cheio ou mais vazio do que ele é.

    Neste mês, a MP da Capitalização da Eletrobrás foi aprovada na Câmara, a Reforma Administrativa foi admitida pela CCJ e a Reforma Tributária segue avançando com a estratégia do fatiamento, o que deve dar prioridade para a o projeto de reformulação dos impostos federais. Os pormenores das reformas e a sua velocidade em geral estão bem longe do ideal, mas a sinalização da continuidade da agenda do governo é fundamental para  instigar confiança nos agentes de mercado. Considerando o ambiente ainda incerto com relação à pandemia, a queda na popularidade do governo, o fluxo de notícias da CPI da Covid e uma eleição que promete ser complicada, é difícil imaginar mais do que essas reformas que já estão no radar.

    O primeiro trimestre trouxe surpresas positivas para o crescimento. A mediana das projeções para o PIB do primeiro trimestre, apuradas na Bloomberg, chegou a estimar uma queda de 0,2% e estava estimando uma alta de 0,8% até antes da divulgação do indicador. O PIB cresceu 1,2% contra os três últimos meses do ano passado, puxado pela agropecuária (5,7%), indústria (0,7%) e serviços (0,4%). Mesmo com o esgotamento do auxílio emergencial e o impacto das novas restrições à mobilidade, o consumo das famílias caiu apenas 0,1% no período e o investimento cresceu a uma taxa anual de 17%, a maior desde o segundo trimestre 2010. Diversos fatores parecem ter contribuído para a surpresa positiva, como a alta no preço das commodities, reposição de estoques industriais, o alto nível poupança acumulada.

    A inflação segue pressionada pelos preços de bens, principalmente os de alimentos e bens industriais. O IPCA de maio acumulou 8,06% em 12 meses, enquanto o IGP-M acumulou 37,04% no mesmo período. As expectativas de inflação implícitas nos preços de mercado e no relatório Focus seguem uma trajetória de alta, inclusive para o ano de 2022, que é o mais importante para o Banco Central à luz da política monetária. O Banco Central continua com a narrativa dos choques temporários para os dados de inflação e segue prescrevendo uma normalização parcial da Selic. A narrativa da inflação transitória parece fazer sentido, uma vez que o setor de bens segue capturando  o impacto da postergação do consumo em serviços e das políticas econômicas estimulativas. Além disso, a inflação compara os preços correntes com os preços do ano passado, quando a economia estava no auge de uma paralisação deflacionária. Por outro lado, esse tipo de narrativa tem seus riscos. Diversos episódios históricos, especialmente nos emergentes, nos mostram que geralmente não é uma boa decisão ignorar por muito tempo os “fatores transitórios” e os riscos que eles podem carregar na contaminação de expectativas e de outros preços. Hoje, o mercado precifica nos contratos de DI futuro que o COPOM prosseguirá com a normalização completa da taxa Selic até 6,5% no final do ano, diferentemente do que está sendo comunicado pelo comitê até agora.

    A janela apreciativa do real versus o dólar, amparada pela melhora no diferencial de juros, nos dados de crescimento, nos fluxos comerciais e percepção de risco, pode contribuir para um alívio na inflação dos bens comercializáveis. Outros fatores carregam riscos altistas, como o baixo nível de chuvas, que pode afetar preços de energia e também recair sobre os bens industriais. A última ata do COPOM menciona o aumento da bandeira tarifária de energia elétrica como um fator de pressão para a inflação no curto prazo, embora ressalte que o choque também deve ser temporário.

    Com essa dinâmica de crescimento e inflação, os dados fiscais do país guardaram surpresas positivas: o endividamento bruto caiu de 88,99% do PIB para 86,66%  em abril, e a arrecadação federal cresceu 13,62% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado, em termos reais. Em suma, os últimos meses mostraram que a agenda de reformas está andando, e que provavelmente teremos mais inflação e mais crescimento, tudo o mais constante. Esses dois vetores compram mais tempo no lado fiscal.

    Essa janela de crescimento é positiva, mas está longe de resolver o problema de longo prazo do país, que demanda reformas mais estruturais. Nosso estoque da dívida está alto versus os nossos pares, e não pode mais continuar a crescer acima da inflação e do crescimento do país de forma consistente. Além disso, não mais contaremos com a demografia jogando a nosso favor;  foi uma janela de oportunidade perdida dentro da nossa história econômica. Entre os anos de 2000 a 2010, nosso PIB real cresceu a uma taxa anualizada de 4,13%. De 2010 para 2020, essa taxa caiu para 0,27% ao ano. Para virarmos um país do copo meio cheio, de fato, é necessário mudar o setup da economia: aumentar a produtividade, simplificar o sistema tributário, melhorar o ambiente de negócios, reabrir a economia, toda a agenda de longo prazo necessária para termos crescimento sustentável.

     

     

     

     

     

  • Um terço dos fundos DI para pessoas físicas reduz taxa na crise, mas poucos rendem mais de 80% do CDI

    Na reportagem do Infomoney, o nosso gestor de portfólios, Renato Iversson, comenta sobre o desempenho dos fundos DI. Segundo ele, a opção de investimento pode fazer sentido como parcela de reserva de emergência ou para quando o investidor pretende usar os recursos no curto prazo.

    Para ler, acesse o link: https://www.infomoney.com.br/onde-investir/um-terco-dos-fundos-di-para-pessoas-fisicas-reduz-taxa-na-crise-mas-poucos-rendem-mais-de-80-do-cdi/

  • Entenda os mercados internacionais: desafios e oportunidades para investir

    Beny Parnes, gestor de crédito da SPX Capital e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, comenta em live da Taler sobre investimentos no exterior como estratégia para diversificação e impactos da pandemia nos mercados globais

    Os investidores interessados em diversificar o seu patrimônio no exterior precisam ter uma visão atenta para os movimentos dos mercados internacionais.

    Em live realizada pela Taler Gestão de Patrimônio, Beny Parnes, gestor de crédito da SPX Capital e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, analisou as economias mundiais e como os países estão reagindo à crise do coronavírus. A entrevista foi conduzida por Gustavo Sandoval, sócio-fundador da Taler, e Thiago Vitorello, gestor internacional.

    Para os participantes, mesmo em tempos de pandemia, a estratégia de investir em ativos internacionais pode reservar boas oportunidades e minimizar riscos.

    O evento está disponível ao final da matéria e no canal no Youtube da Taler.

    Os impactos da pandemia no mundo

    Beny Parnes destaca que a pandemia atingiu as economias dos países ao redor do mundo de maneira muito diversa. Em geral, as sociedades mais desenvolvidas e organizadas economicamente sofreram menos as consequências do que os emergentes.

    “Todos os países fizeram uma resposta fiscal muito forte, na casa de 10% do PIB”, comenta. Os governos implantaram programas para socorrer famílias e empresas, como com concessões de crédito e transferência de renda.

    Nos Estados Unidos, por exemplo, o Federal Reserve (Fed) atuou fortemente para injetar liquidez no mercado e com estímulos monetários. A taxa de juros no país se mantém na faixa de 0% a 0,25% ao ano.

    Na opinião de Parnes, alguns países do oriente estão se recuperando bem da crise, principalmente apoiados pela indústria de manufatura, como é o caso da China. Já países do ocidente reagiram com o aumento da dívida pública em resposta à crise. “O mundo emergente fez um esforço para se segurar, sofreu muito mais com a pandemia”, diz.

    Investimentos no exterior como estratégia de diversificação

    Sabe aquela lição básica no mundo dos investimentos sobre diversificação? Beny Parnes exemplifica bem a questão com a seguinte comparação: pense que o investidor é o dono de uma ilha onde há um coqueiro. Para ele garantir que terá coco, faz um acordo com os donos de outras ilhas. Todos dividem as produções dos seus coqueiros.  Assim, caso uma ilha tenha prejuízos, um “vizinho” poderá contar com o outro. A mesma lógica serve para os ativos no exterior. É uma estratégia para ter uma carteira diversificada, como forma de se proteger dos riscos.

    “Nós vivemos em um país emergente, onde a turbulência macroeconômica já tende a ser maior”, afirma Parnes. Diante da incapacidade de prevermos os acontecimentos futuros, a orientação se torna ainda mais importante. “Onde você ganha a sua renda, você não deve deixar todo o seu dinheiro, por mais que pareça o melhor negócio do mundo”.

    Com a queda histórica da taxa de juros e aumento na cotação do dólar, mais investidores consideram essa como uma opção interessante. Há dois caminhos para diversificar os investimentos no exterior. O primeiro é entrar em ativos negociados no Brasil e atrelados a mercados internacionais, como os fundos de ações estrangeiras, os fundos cambiais ou até ações de empresas globais listadas no mercado brasileiro. O segundo é enviar o dinheiro para o exterior e efetivamente buscar títulos lá fora. Investir em outras moedas e regiões geográficas é uma tarefa que exige uma boa análise e acompanhamento das economias globais.

     

  • Perspectivas do Mercado Private Equity no Brasil

    Um tipo de investimento que tem despertado especial interesse por parte dos empreendedores é o Private Equity: além de facilitar a expansão de empresas através de aportes de capital e auxílio no aumento de eficiência, ajuda a melhorar a credibilidade dessas companhias no mercado por conta do suporte institucional.⠀

    Para falar sobre as Perspectivas do Mercado Private Equity no Brasil, a Taler convidou três especialistas: Ricardo Kanitz (Sócio da Spectra Investimentos), Alberto Camões (Sócio Fundador do Grupo Stratus) e Ricardo Scavazza (Sócio Sênior e CIO do Pátria Private Equity). A conversa foi mediada pelo nosso Sócio-gestor, Otávio Vieira.⠀


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