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  • Os Efeitos da Pandemia na Atividade Econômica

    Para explicar os possíveis efeitos da pandemia na atividade econômica, a Taler organizou uma live no dia dia 13 de abril com o sócio e gestor, Otávio Vieira. Confira o vídeo deste encontro:

  • Órfãos dos juros altos, seus investimentos estão rendendo mais do que a SUA inflação?

    A queda da Selic não trouxe só dúvidas sobre onde aplicar o dinheiro, mas qual índice usar como referência para seus investimentos. O CDI, que serviu um nobre papel como principal termômetro das carteiras por anos, agora morreu — ou pelo menos deveria ter morrido como índice de referênciaCom a Selic em 4,25% ao ano, colocar a régua de rentabilidade mínima que seus investimentos devem oferecer nos 100% do CDI ficou perigoso.

    E principalmente por causa da inflação. Quando a taxa Selic estava em 14%, uma inflação de 4% fazia cócegas. Hoje, já tem aplicação dando retorno real (descontando a inflação) negativo, como a poupança e alguns fundos de renda fixa que cobram altas taxas de administração (acima de 0,5% ao ano).

    Qual referência, então, deve ser usada na hora de calcularmos quanto devemos ganhar para 1) manter nosso padrão de vida e 2) ter rendimentos para acumular patrimônio?

    A resposta é que agora, mais do que nunca, o investidor deve ter na cabeça quanto cada aplicação rende em termos reais — acima da inflação. E embora normalmente as pessoas logo pensem no IPCA quando tratam de inflação, é importante ter em conta que a sua cesta de consumo pode ser diferente da média usada pelo IBGE para calcular o índice oficial de preços.

    Para saber como os endinheirados lidam com isso (e quem sabe aprender alguma lição), fomos ouvir três gestores de fortunas justamente para responder esse tipo de questão e montar um portfólio de investimento que faça seu dinheiro render por mais tempo.

    A conclusão dos especialistas é uma só: a remuneração pelo IPCA é o mínimo que seus clientes precisam ganhar para manter minimamente um padrão de vida e não comer suas fortunas. O segundo passo é rever – e cortar – gastos para que a inflação pessoal deles não extrapole demais seu rendimento.

    Por fim, aplicar em ativos mais rentáveis (e mais arriscados) é quase um consenso, desde que, claro, o perfil dos clientes não seja muito conservador. E eles dão alguns toques valiosos para montar a carteira e escolher investimento.

    Mas, antes de entrar em detalhes, vamos entender por que é importante largar mão do CDI e observar a inflação.

    Os pingos nos ‘is’ das inflações

    Mesmo mais de 25 anos depois do Plano Real, a indexação ainda está presente em muitas coisas no nosso dia a dia. O combustível tem relação com o dólar, o aluguel é reajustado pelo IGP-M, o prato feito leva em consideração o preço da carne no mercado e o pão de queijo, o quanto a padaria vizinha está cobrando.

    Esses são alguns exemplos de como os preços são reajustados. Alguns, por contrato, são atrelados a um índice; outros, pelo preço aproximado do aumento dos insumos na indústria e no campo; mas têm os que são pelo “olhômetro”, a percepção de quanto deveria valer o produto ou serviço pelo que os concorrentes estão cobrando.

    “Quando o restaurante aumenta o preço do cafezinho, não passa de R$ 3,50 para R$ 3,60, mas vai direto para R$ 4. O quilo do buffet já passa de R$ 30 para R$ 33, um aumento de 10%. Dependendo do que consumimos, a nossa cesta de inflação continua sendo maior que o IPCA”, explica Eduardo Akira, sócio da Vero Investimento, escritório de assessoria financeira ligado à XP e com foco em alta renda.

  • Quer fazer seu dinheiro render? Fechar o bolso é o mais importante

    Se você quer viver de renda por mais tempo, é melhor fechar o bolso do que passar horas tentando encontrar os investimentos mais rentáveis possíveis, correndo riscos muitas vezes incompatíveis com seu perfil. Quem mostra isso é a gestora de patrimônio Taler.

    Acostumados a fazer planejamento financeiro e pensar na sucessão de famílias afortunadas, a consultoria fez uma simulação simples que mostra que reduzir as despesas pode ser muito mais vantajoso e até dobrar o tempo em que você terá dinheiro, do que a importância de novos ou maiores aportes nos seus investimentos.

    “As pessoas gastam 99% do tempo olhando como investir melhor seu dinheiro e quase nenhum tempo em como gastar melhor seu dinheiro. O que descobrimos é que mudanças da mesma magnitude nas despesas e nos investimentos têm efeitos diferentes na perpetuação do patrimônio”, explicou Rodrigo Sgavioli, diretor de Planejamento Patrimonial da Taler.

    O exemplo é o seguinte. Imagine uma família hipotética com um patrimônio acumulado de R$ 36 milhões, uma receita mensal de R$ 50 mil e uma despesa de R$ 150 mil por mês. Os rendimentos financeiros dessa família estão rendendo em torno de 6,5% ao ano. Descontente com o retorno e preocupada com a perenidade de seu dinheiro, a família resolve ir atrás de uma consultoria para fazer seu dinheiro render mais.

    Cenário 2 – De suas fontes de receitas, como aplicações financeiras, participações societárias e imóveis, a mais fácil de mexer é a primeira – afinal, existem opções mais rentáveis no mercado financeiro, ainda que mais arriscadas.

    Depois de muita pesquisa, ela consegue que os R$ 20 milhões que estão aplicados em ativos financeiros renda 25% a mais, ou seja, saltem de 6,5% por ano para 7,50% anualmente. Só com isso, sem mexer no que entra e sai do caixa, ela conseguirá prolongar em 6% a expectativa de duração do patrimônio em anos, passando de 35,8 anos para 38 anos. Isso, mantendo todo o resto constante.

    Cenário 3 – Mas, se, ao invés de se preocupar em aumentar a rentabilidade das aplicações financeiras, essa família só cortasse seus gastos mensais em 25%, ou seja, gastasse 120 mil reais por mês e não mais R$ 150 mil mensais, o cenário muda. O patrimônio ganha 68% a mais de tempo de vida – pode durar 28 anos a mais. Se a família apertasse o cinto, seu patrimônio demoraria 63,8 anos para terminar.

    “Muitas famílias chegam até nós porque querem melhorar a rentabilidade de suas aplicações e fazer seu dinheiro render por mais tempo. Nós gostamos de usar esse exemplo para mostrar o impacto que os gastos fora de controle tem na perpetuidade do patrimônio. Esse controle é tão importante quanto se preocupar se está investindo corretamente”, comenta Paulo Colaferro, sócio-fundador da Taler.

    Colaferro conta que muitos endinheirados estão aprendendo a usar com mais eficiência seu dinheiro e não esbanjar desnecessariamente. A economia compartilhada, por exemplo, é algo que também chegou à classe A. Para que ter uma casa de campo, uma de praia, um jatinho e um iate sozinho se você pode compartilhar com mais gente e reduzir despesas? Afinal, eles não usam o tempo todo mesmo…

    Reunião com famílias novas e já atendemos que estão preocupadas com a gestão do fluxo de caixa e orçamento familiar. A queda da taxa de juros também está forçando as pessoas a serem mais eficientes”, diz Rodrigo Sgavioli.

    Apesar do exemplo levar em consideração uma família mais endinheirada, ele é importante para mostrar para qualquer investidor a importância de olhar o orçamento familiar com cuidado, principalmente os gastos, no planejamento financeiro e não só os investimentos.

    Por Naiara Bertão, Valor Investe — São Paulo

  • Selic cai para 4,25% ao ano: como investir com os juros no menor patamar da história

    SÃO PAULO – A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em 2020 confirmou as apostas do mercado, com a redução, pela quinta vez consecutiva, da taxa Selic. Desta vez, o corte dos juros básicos foi de 0,25 ponto percentual, para 4,25% ao ano – o menor patamar da história.

    E a sinalização é de que o ciclo chegou ao fim. “O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, afirmou o Copom, em seu comunicado.

    E o cenário para 2020 pode ser bem diferente do atual. Isso porque as projeções do mercado compiladas pelo último relatório Focus, do Banco Central, apontam para uma Selic a 6% ao ano no fim de 2021, portanto, com aumento dos juros.

    Como o investidor deve se posicionar diante desse ambiente?

    Produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos, e o mesmo acontece com a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à taxa Selic.

    Nos últimos 12 meses até janeiro, a caderneta rendeu 4,14%. Agora, com a Selic em 4,25% ao ano, o retorno anual da poupança passa a ser de 2,98% e continua, portanto, perdendo para demais aplicações conservadoras e até para a inflação, caso a estimativa de alta de 3,40% para o IPCA neste ano se confirme.

    Confira a seguir como R$ 10 mil renderiam a partir dos próximos 12 meses, considerando dois cenários para a Selic: com a manutenção do patamar de 4,25% a.a. e com uma nova redução para 4% ao ano.

    Nesses exemplos, os recursos seriam investidos na caderneta de poupança ou em aplicações que rendessem 100% e 120% do CDI, como CDBs, LCIs e LCAs. Os valores já são líquidos de Imposto de Renda, considerando uma alíquota de 17,5%.

    Como investir neste cenário?

    Além de os juros baixos dificultarem a escolha de investimentos mais conservadores, a perspectiva de que eles voltem a subir colocam novo desafio para o aplicador brasileiro.

    Na avaliação de Otavio Vieira, sócio gestor da gestora de patrimônio Taler, o investidor deve evitar títulos indexados à inflação de curto prazo e papéis prefixados de qualquer vencimento, justamente por conta da possibilidade de alta da Selic, que pode levar à desvalorização dos papéis. Quando as taxas aumentam, os preços dos papéis caem.

    Vieira tem preferido títulos indexados ao IPCA com vencimentos a partir de 2028, que paguem a inflação acrescida de uma taxa em torno de 3% ao ano. Entre os papéis disponíveis para compra no Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ com vencimentos em 2035, 2045 e 2050 pagavam hoje taxas reais de juros entre 3,16% e 3,46% ao ano.

    Ernesto Leme, diretor comercial da Claritas, diz enxergar um retorno atrativo em papéis indexados à inflação com prazos médios, de cinco a seis anos, caso do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2026, que paga um prêmio real de 2,6% ao ano.

    Ainda assim, ele conta que a gestora de patrimônio tem promovido uma redução significativa nas alocações em renda fixa pós-fixada nos portfólios de clientes e tem recomendado o aumento da exposição a classes de maior risco, caso de fundos multimercado e Bolsa.

    Em crédito privado, os papéis do tipo high yield, que embutem maior risco de crédito, também são interessantes na visão de Leme, principalmente em um cenário de novas emissões. “O mercado de crédito sofreu nos últimos dois meses de 2019, mas, em janeiro, teve uma rentabilidade positiva. Isso deve continuar, principalmente quando olhamos para o mercado brasileiro, que ainda não é tão desenvolvido”, diz.

    Por conta da possibilidade de aumento da taxa básica de juros, Eduardo Akira, assessor de investimentos no escritório Vero Investimentos, tem optado por ficar neutro em títulos públicos, destinando apenas a fatia necessária para liquidez para o Tesouro Selic.

    Para a parcela de renda fixa do portfólio, o assessor diz gostar de ativos isentos de Imposto de Renda, como Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs).

    Em busca de retorno

    Independentemente do perfil de risco do investidor, o consenso dos especialistas consultados pelo InfoMoney é de que as aplicações deverão buscar horizontes mais longos e que alguma parcela do portfólio deve estar alocada em ativos mais arriscados, de forma a garantir melhores rentabilidades.

    Fundos multimercados são a principal aposta da Claritas para este ano – o percentual de alocação é de 18% para o investidor conservador. “No multimercado, o gestor consegue operar muito bem em cenários voláteis, porque ele está sempre ajustando posições e opera em diferentes mercados. E a grande certeza deste ano é que de teremos muita volatilidade”, diz Leme, que cita como principais riscos o coronavírus, as eleições presidenciais nos EUA e o ambiente de reformas no Brasil.

    Até para o cliente mais conservador da Claritas, o percentual da carteira a ser destinada para renda variável aumentou de 5% para 9%, em novembro de 2019, e deve ser revisado novamente nos próximos dias.

    Akira, do Vero, ainda vê com bons olhos o investimento em fundos imobiliários, por conta dos retornos atrativos via dividendos, da ordem de 6% ao ano, isentos de Imposto de Renda. Ele destaca, contudo, que o investidor precisa ser mais seletivo em sua escolha. “As cotas subiram bastante, então o investidor deve estudar os gestores, os ativos e buscar contratos longos e bons inquilinos”, diz.

    Por Mariana d’Ávila – InfoMoney

     

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